Lentes de aumento: ciência, ilusão e reflexos da vida

Do telescópio ao olhar humano, a física revela como a ampliação pode ser fascinante — ou distorcer a realidade

0
28

Olhar através de uma lente de aumento pode ser divertido ou perigoso, dependendo do que se observa. Observar o cosmos com um telescópio ou uma célula com um microscópico é um exercício fascinante; mas uma lupa apontada para o Sol pode causar cegueira.

Dizem que as lentes mais caras do mundo são as dos grandes telescópios. O processo de resfriamento e polimento delas dura, em média, 12 meses, pois o vidro ou cristal precisa ser cuidadosamente aquecido e, depois, polido para adquirir o formato certo. Por isso, essas lentes valem
milhões de dólares.

O processo pelo qual as lentes ampliam ou aparentam aproximar os objetos é relativamente simples. Tudo não passa de um truque da física. Segundo Einstein, a velocidade da luz é constante no vácuo, isto é, no espaço vazio. No entanto, em outros meios, a velocidade da luz varia, e é
assim que funcionam as lentes de aumento.

A luz passando através de um meio transparente, como água, vidro, plástico ou diamante, tem sua velocidade levemente diminuída. Essa redução provoca um desvio dos raios de luz, tornando-os curvos. Nossos olhos, então, são enganados por essa curvatura. Eles seguem a luz curva para onde deveria estar um objeto maior.

Tudo, portanto, não passa de uma ilusão de ótica. As lentes de aumento não tornam os objetos maiores, apenas fazem as coisas parecerem maiores. Em ciência, isso não é um problema, mas na vida pode ser.

Há coisas que não devemos ver através de lentes de aumento. Há pessoas, por exemplo, que se tornam especialistas em aumentar defeitos dos outros. Há também aqueles que se tornam peritos em exagerar problemas e ver dificuldades em tudo. São as verdadeiras lentes do pessimismo.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui