Recentemente, autoridades chinesas realizaram uma repressão significativa contra a Igreja Zion, uma das maiores congregações cristãs evangélicas não registradas do país. Pelo menos 30 pastores e líderes religiosos foram detidos ou desapareceram em uma operação coordenada iniciada em 9 de outubro de 2025, abrangendo várias províncias, incluindo Pequim, Guangxi, Zhejiang e Shandong.
O fundador da igreja, Pastor Jin Mingri, também conhecido como Ezra, foi preso em Beihai sob a acusação de “uso ilegal de informações da internet”, um crime que pode resultar em até sete anos de prisão. Ele está detido no Centro de Detenção nº 2 de Beihai. Outros líderes, como Gao Yingjia, Yin Huibin, Wang Cong e Yang Lijun, também enfrentam acusações semelhantes.
A repressão coincide com o endurecimento das políticas religiosas na China, incluindo novas regulamentações que proíbem pregações online não autorizadas e atividades religiosas com influência estrangeira. Essas medidas fazem parte da iniciativa do presidente Xi Jinping para “sinicizar” as religiões no país. A Igreja Zion, que cresceu rapidamente durante a pandemia de COVID-19, especialmente por meio de cultos online, é vista pelo governo como uma ameaça ao controle estatal sobre as práticas religiosas.
Até o momento, 16 dos detidos foram libertados, mas o paradeiro dos outros permanece desconhecido. Organizações como Portas Abertas e ChinaAid expressaram preocupação com a saúde de Pastor Jin, que sofre de diabetes, e com a falta de acesso legal para os detidos.
Essa ação é considerada a maior repressão contra igrejas independentes desde 2018 e tem gerado condenações internacionais, incluindo do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que pediu a liberação imediata dos líderes religiosos.
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